
A humanidade desde os primórdios é muito dependente dos cavalos para diversos e cada vez mais, serviços que são realizados com a presença desse animal fantástico. Mesmo hoje em dia com toda a modernidade de equipamentos mecânicos empregados para qualquer tipo de serviço, onde é empregada força além de nossa capacidade eles ainda nos auxiliam nos esportes, atividades remuneradas em geral e na área da saúde cada vez mais.
Os cavalos foram usados para vencer distâncias e permitir trabalhos considerados muito pesados para uma pessoa. A sua ajuda, hoje, é mais que força física, já alcançou o campo emocional e neurocomportamental, para combater um dos grandes males da sociedade atual: a obesidade.
O envolvimento de uma pessoa com um cavalo é uma experiência muito positiva uma vez que o cavalo é um animal maior e mais forte e sendo assim, desta forma, faz com que o ser humano a aumente sua motivação, levando-o a vencer obstáculos que considerava intransponíveis.
Num relacionamento corporal com o cavalo ao ter que acompanhar seu movimento pra cima e pra baixo, de um lado pro outro e pra frente aumenta-se a produção de serotonina no momento em que monta um cavalo. Esse neurotransmissor, que dá a sensação de bem-estar, faz com que, por meio do corpo do cavalo, a pessoa passe a ter prazer no seu próprio corpo, e isso aumenta a autoestima.
Este momento ajuda e muito quem sofre de compulsão alimentar, tem uma frustração, está com uma baixa autoestima. Um exemplo simples, uma pessoa após vencer o próprio medo de subir num cavalo, vai experimentar a ótima sensação de bem estar que permitirá mais a prática da equoterapia (tratamento por meio dos eqüinos).
Essa pessoa tinha muito medo de montar o animal por ele ser é muito alto e forte, mas, justamente por isso, quando ela monta, ela passa a se sentir forte, confiável e poderosa e desenvolve um forte elo com animal e quer sempre estar com o animal que te deu a autoestima através da montaria.
Nem todo adulto que está brigando com a balança, entretanto, tem a mesma sorte que ela, porque existem limites de peso para trabalhar sobre o cavalo. Por isso, a equoterapia voltada para tratamentos de distúrbio alimentar acaba se restringindo aos mais jovens.
No Gati – Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada, onde Maria das Graças pratica equoterapia, dos cerca de 90 crianças e adolescentes em atendimento, 20% a 30% sofrem de obesidade.
Para as crianças que hoje são muito ansiosas, muito compulsivas, comem demais, querem o mundo. A equoterapia é um meio não tradicional para tratar os distúrbios alimentares. Além do serviço do psicólogo fora do consultório para baixar essa ansiedade. Temos tido um retorno muito bom.
A criança percebe que tem que estar preparada fisicamente e deve estar leve para montar, uma vez que, a obesidade vai dificultar a montaria. O animal está ali à disposição do bem-estar da criança. É um tratamento diferente ao do consultório.
Há uma estrutura completamente diferente para essa terapia, além da área verde e do cavalo, é necessário o acompanhamento de um instrutor e, geralmente, com o próprio membro médico: todos preparados com curso básico ou de especialização em equoterapia ou equitação ministrada ou supervisada pela Ande – Brasil (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA)
É recomendável uma a duas seções por semana, de 45 minutos, para que se tenha uma boa melhora, após seis meses a um ano. Podendo variar de três a quatro anos para o praticante seja liberado pela clínica.
Em relação à atividade em si não existe limite máximo de tempo podendo estender a montaria para vida toda, tornando-se esporte ou laser com o objetivo de manter a autoestima e satisfação através da montaria.
Informe-se sobre a equoterapia e tire suas dúvidas sobre valores que podem variar dependendo da região. Por curiosidade, para efeito de conhecimento do assunto, compare com os valores do tratamento em consultórios convencionais.